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HIV

O QUE É VÍRUS HIV?

O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é um vírus do tipo retrovírus. Possui dois subtipos: HIV-1 e HIV-2. Ele ataca as células do sistema imune, principalmente a célula TCD4+, auxiliares na defesa do organismo. Com o decorrer da doença, o sistema imunológico enfraquece e diminui a capacidade de defender o organismo de outros agentes infecciosos.

 

QUAL A IMPORTÂNCIA DO TESTE MOLECULAR?

Os testes moleculares são utilizados tanto para diagnóstico quanto para acompanhamento do paciente com HIV. Estes testes possibilitam uma rápida detecção da presença do material genético viral (RNA ou DNA pró-viral). Desta forma, o resultado não depende de apenas testes sorológicos, já que uma resposta imunológica ao vírus pode levar até seis meses ou mais para ocorrer.

O teste de PCR em Tempo Real quantifica o HIV no plasma humano e é usado para diagnóstico juntamente com apresentação clínica e outros testes laboratoriais. Os níveis de carga viral são de grande importância no acompanhamento terapêutico do antirretroviral utilizado no paciente, pois  a carga viral pode mostrar variação em poucas semanas durante o tratamento.

A teste por PCR também é importante para crianças recém-nascidas de mães soropositivas. Durante a gravidez, o bebê adquire os anticorpos da mãe contra o vírus passivamente através da placenta. Isto impossibilita saber se o bebê está infectado ou não. A quantificação da carga viral através da PCR é a forma mais adequada de saber se houve infecção durante a gestação, pois mostra se há ou não o material genético do vírus no sangue do bebê.

 

COMO É O RESULTADO DOS EXAMES?

Após a infecção pelo HIV, milhares de vírus são produzidos e destruídos diariamente. Geralmente, a carga viral atinge um ponto de equilibro em cada indivíduo, entre 100 a 1.000.000 de cópias de RNA por mL de plasma e pode se manter estável durantes meses ou anos.  Indivíduos com níveis de RNA de HIV abaixo de 5000 cópias/ml possuem menor risco, já quem tem níveis aproximados de 50.000 cópias/ml tem maior risco de progressão da doença.

 

COMO AVALIAR A RESPOSTA À TERAPIA?

Avaliação da resposta pela quantificação de RNA: uma alteração de pelo menos 0,5 Log no resultado do exame é considerada como uma variação significativa. Após o início da terapia, espera-se uma queda dos níveis de RNA viral de 1,5 a 2 log em um período de 4 semanas de tratamento (quando o exame é repetido). Em pacientes com contagem maior de 100.000 cópias/ml, a diminuição da carga viral pode ser mais demorada.

Depois de um período de 16 a 24 semanas de tratamento, espera-se que exista supressão viral levando a resultados de carga viral indetectáveis.  Se isso não ocorrer, é necessário investigar a causa da falha terapêutica. A principal causa é relacionada a problemas dos pacientes em aderir a medicação, e mais ocasionalmente, problemas de absorção ou resistência viral ao medicamento. É importante sempre realizar a contagem de TCD4+ (sorológico) antes de introduzir ou modificar a terapia. O acompanhamento desses valores laboratoriais devem ser realizados mensalmente no início e depois a cada 3 meses, após a estabilização.

 

QUAIS SÃO AS LIMITAÇÕES DO TESTE?

Um teste com resultado “Abaixo do limite de detecção” não exclui a possibilidade de exposição ou infecção pelo HIV-1.

 

REFERÊNCIAS

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Manual técnico para o diagnóstico da infecção pelo HIV. 2016. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2013/55594/manual_tecnico_hiv_2016_final_25_07_pdf_54115.pdf

Disponível em: http://www.labclin-itajuba.com.br/informativos/_hiv.pdf

Disponível em: http://www.aids.gov.br/pagina/testagem-para-hiv