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Fragmentos

O nada

(Sesquicentenário da poesia paranaense)

 

Se o teu ser

não possui asas

os teus sonhos

podem ter

mesmo pequenas...

bemrazas...

ao Nada vão

ascender!

 

Se o nada

é verde na terra

e bem azul

no espaço,

em nosso alma

ele encerra

um nada azul

de um pedaço.

 

O poeta concretiza

o nada

nas incertezas

quando a alma

o enfatiza

ao mostrar-lhe

a Natureza.

 

Nada,

um aurorescendo

sobre águas

cristalinas

num mostrar

de sol nascendo

no céu

cor das opalinas.

 

Sobrepor-se

à inteligência

para uma indagação. É

penetrar-se

na essência

do Nada

que é

a Razão.

 

Poeta

não nasce

do nada. Ele nasce

do seu eu.

Da alma irmandade

do Sopro

que o Alfa

lhe deu.