+

Edra Moraes por ela mesma

Prefiro definir como minhas referências como inspirações, às vezes usamos o termo referências, mas este parece remeter a uma certa intenção de se posicionar como o referenciado. Me inspiro como escritora em tudo que me toca. De um livro, a uma caminhada, a um filme. De alguma forma as artes plásticas sempre foram grandes gatilhos para a minha criação. Como estou atuando ativamente como produtora tenho referências muita mais contemporâneas. Isto é coisa legal de documentar, porque qdo iniciei no Londrix eu pude perceber como repertório era de clássicos ou consagrados com prêmios. O contato com os novos escritores indicou novos caminhos além dos clássicos. Posso citar minha paixão por Clarice Lispector, também as contistas Ligia Fagundes Telles e a contemporânea Conceição Evaristo. As poetas Cecilia Meireles que conheci através de um poema em uma novela, e segui lendo e Ana Cristina Cesar que entrei em contato quando estava na universidade, vem Leducha na lembrança, Hilda Hilst, Alice Ruiz. As poetas conterrâneas e contemporâneas Célia Musili, Samantha Abreu, Neuza Pinheiro, Karen Debertolis... E muitas outras seria impossível de enunciar na totalidade. Acredito que a própria diversidade de estilos e narrativas fazem parte muita de uma busca pela minha própria voz do que de um estilo a ser seguido.